12/02/2025
A dislexia é um transtorno de aprendizagem que afeta a leitura, a escrita e a interpretação de textos. Essa condição neurobiológica pode gerar desafios desde a infância, especialmente durante o processo de alfabetização. Crianças disléxicas podem ter dificuldades para reconhecer letras, associar sons às palavras e compreender enunciados, o que impacta o desempenho escolar. A leitura tende a ser mais lenta e exigente, podendo gerar frustração e desmotivação. No entanto, é fundamental entender que a dislexia não tem relação com a inteligência, e muitas crianças conseguem desenvolver estratégias para lidar com os desafios e aprimorar seu aprendizado.
Os sinais da dislexia podem aparecer antes mesmo do início da vida escolar. Dificuldade em memorizar rimas e músicas, organização de sequências lógicas e desenvolvimento da coordenação motora fina são alguns dos primeiros indícios. Durante a alfabetização, a troca de letras, lentidão na leitura e problemas na estruturação de frases tornam-se mais evidentes. “A atenção a esses sinais é essencial para que a intervenção ocorra o mais cedo possível, minimizando impactos no aprendizado”, destaca Vanessa Mello, supervisora pedagógica do Colégio Anglo Balneário Camboriú.
O diagnóstico da dislexia é realizado por uma equipe multidisciplinar, composta por fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos e neurologistas. Como não há um exame clínico definitivo, o processo envolve observação do histórico de aprendizado e aplicação de testes específicos. Diferenciar a dislexia de outras condições, como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista (TEA), é importante para garantir um acompanhamento adequado.
A abordagem pedagógica desempenha um papel essencial no desenvolvimento de crianças disléxicas. Estratégias como o método fônico, que associa letras a sons, e o ensino multissensorial, que combina estímulos visuais, auditivos e táteis, são eficazes para aprimorar a leitura e a escrita. Além disso, adaptações no ambiente escolar, como tempo extra para provas e uso de tecnologias assistivas, podem fazer diferença no aprendizado. “A personalização do ensino e o apoio constante são fundamentais para que o aluno disléxico desenvolva suas habilidades com segurança”, reforça Vanessa Mello.
Apesar dos desafios, muitas pessoas com dislexia encontram maneiras eficazes de superar suas dificuldades e se destacam em diversas áreas. Criatividade, pensamento estratégico e habilidades visuais costumam ser pontos fortes desses indivíduos. Com o suporte adequado de pais, professores e especialistas, a criança pode desenvolver todo o seu potencial e ter uma trajetória acadêmica e profissional bem-sucedida. Para saber mais sobre dislexia, visite https://www.ninhosdobrasil.com.br/dislexia-infantil e https://www.neurologica.com.br/blog/quais-sao-os-sintomas-e-opcoes-de-tratamento-para-dislexia-em-criancas/