07/04/2025
Quedas no rendimento escolar, desânimo constante e até alterações no sono podem indicar mais do que simples preguiça. Em muitos casos, esses sinais estão ligados ao sedentarismo, que tem avançado entre crianças e adolescentes. O excesso de tempo diante de telas, aliado à pouca movimentação corporal, interfere não apenas na saúde física, mas também no bem-estar emocional e no desenvolvimento social dos jovens.
Um dos primeiros sintomas percebidos é o ganho de peso fora do esperado para a idade. Crianças que passam longos períodos sentadas, sem gastar energia, tendem a acumular gordura corporal com mais facilidade. Esse aumento pode causar dores articulares, cansaço ao realizar tarefas simples e uma clara aversão a qualquer atividade física.
Além disso, há impactos menos visíveis, mas igualmente preocupantes. Crianças sedentárias costumam apresentar maior irritabilidade, dificuldade de concentração e sinais de ansiedade. Em longo prazo, a combinação entre sedentarismo e alimentação inadequada aumenta o risco de desenvolver doenças como diabetes tipo 2 e hipertensão — condições que até pouco tempo eram raras na infância.
Para a diretora geral do Colégio Anglo Balneário Camboriú, Elaine Coelho, o comportamento da família é determinante para a mudança: “Quando os adultos mostram que cuidar do corpo é um valor importante, as crianças aprendem a incorporar hábitos saudáveis desde cedo”.
O sedentarismo também pode impactar a autoestima. Crianças que se sentem inseguras com o próprio corpo tendem a se isolar, evitando interações sociais e até atividades escolares. Em alguns casos, essa baixa autoestima pode evoluir para quadros de depressão e transtornos de ansiedade, exigindo acompanhamento profissional.
Hábitos simples no dia a dia ajudam a mudar esse cenário. Reduzir o tempo de uso de dispositivos eletrônicos, incentivar caminhadas curtas em família, promover brincadeiras ao ar livre e introduzir uma alimentação mais equilibrada são atitudes que podem fazer diferença em pouco tempo. A rotina da criança deve incluir movimento de forma leve e prazerosa — seja pedalando, pulando corda ou praticando um esporte que desperte seu interesse.
“Estar atento aos sinais de sedentarismo é um passo importante para proteger a saúde dos jovens e construir uma infância mais ativa”, afirma Elaine. Prevenir é sempre mais eficaz do que remediar. Por isso, identificar comportamentos sedentários e agir com estratégias práticas é fundamental para garantir que crianças e adolescentes cresçam com disposição, saúde e autoestima fortalecida. Para saber mais sobre sedentarismo, visite https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/obesidade-infantil.htm e https://www.pastoraldacrianca.org.br/obesidade/sedentarismo-infantil