16/04/2025
O modo como crianças e adolescentes se sentam, gesticulam ou fazem contato visual pode dizer muito mais do que aquilo que conseguem expressar com palavras. A linguagem corporal é uma ferramenta poderosa de comunicação não verbal e, em muitos casos, representa a principal forma de demonstrar emoções como medo, alegria, desconforto, irritação ou insegurança.
Na infância, é comum que gestos e expressões precedam a fala articulada. Já na adolescência, mesmo com mais domínio verbal, muitos sentimentos continuam sendo demonstrados pelo corpo. Um olhar vago, uma postura fechada ou gestos repetitivos podem indicar que algo precisa de atenção — e aprender a observar esses sinais pode fazer toda a diferença.
Para os pais, esse tipo de leitura ajuda a compreender melhor os filhos em momentos em que eles não se sentem prontos ou seguros para verbalizar o que sentem. A linguagem corporal também pode sinalizar cansaço, ansiedade ou sobrecarga emocional. Da mesma forma, expressões de entusiasmo e proximidade física demonstram abertura e bem-estar.
A escola é um dos espaços onde esses sinais aparecem com frequência. Professores atentos percebem rapidamente quando um aluno evita contato visual, se retrai ao ser chamado ou se mostra inquieto mesmo sem motivo aparente. “A observação da linguagem corporal permite identificar mudanças sutis no comportamento dos alunos, que podem estar ligadas a aspectos emocionais ou sociais”, comenta Elaine Coelho, diretora geral do Colégio Anglo Balneário Camboriú.
Expressões faciais, postura e gestos com as mãos estão entre os primeiros sinais que devem ser observados. Franzi a testa pode indicar dúvida ou preocupação; mexer com frequência nas mãos ou tocar o rosto pode ser sinal de ansiedade. O contato visual, quando inexistente ou excessivo, também revela insegurança, timidez ou até um pedido silencioso de atenção.
Outro aspecto relevante é a proximidade física. Crianças e adolescentes que se afastam constantemente de grupos ou evitam o contato físico em situações em que ele é natural podem estar vivenciando desconfortos emocionais ou dificuldades de socialização. Já os que se aproximam com facilidade demonstram maior segurança e integração.
É fundamental que pais e educadores não interpretem esses sinais isoladamente. O contexto deve ser sempre considerado, assim como o histórico emocional de cada criança. A repetição de determinados comportamentos, porém, pode servir de alerta para que conversas mais profundas aconteçam.
Além disso, compreender a linguagem corporal ajuda a fortalecer os vínculos afetivos. Quando uma criança se sente compreendida mesmo sem ter que dizer algo diretamente, ela desenvolve mais confiança para se comunicar — o que favorece tanto o ambiente familiar quanto o escolar. Para saber mais sobre linguagem corporal, visite https://www.sabra.org.br/site/criancas-expressao-corporal/ e https://ibrale.com.br/a-importancia-linguagem-corporal-educacao/